O objetivo da nossa vida é ser uma comunidade de irmãos em Cristo, filhos de um comum Pai Celestial, que são unidos pelo Espírito Santo do Amor, uma pequena família da qual a Virgem Imaculada é Mãe e Rainha: para viver em um fraternidade de amor recíproco que haure vida da plenitude da entrega a Jesus, que está real e pessoalmente presente na Sagrada Eucaristia, centro e coração da nossa comunidade, misticamente presente nos irmãos, em particular nos menores – os minores – presente em todas as criaturas, visto que apenas “por Ele todas as coisas têm sua existência.” (1 COL 1:17) Somos chamados a dar este testemunho de amor total no seio da Igreja e entre os homens. Devemos dá-lo com humildade e simplicidade, na pobreza e na alegria, como o Santo Padre São Francisco e os primeiros companheiros. A medida da nossa caridade fraterna é o próprio Jesus: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. (JN 13: 34-5) Para isso, o firme desejo de negar a nós mesmos é o pré-requisito indispensável. O amor de Jesus é o conteúdo e a essência desta caridade. Nossa disponibilidade para servir aos outros e nossa dedicação aos irmãos – essas coisas devem corresponder ao pensamento delicado e refinado de nosso Santo Padre Francisco: “Se uma mãe ama e sustenta seu filho natural, com muito mais devoção não deveria amar e prover para seus irmãos espirituais? ” (REGRA, CAPÍTULO 6) O que sustenta e orienta a vida da comunidade é a obediência sobrenatural, aquela obediência perfeita que nos faz ver o nosso próprio caminho egoísta como “vômito”, segundo o ensinamento do Pai Seráfico. Uma vida evangélica de oração, pobreza, penitência exige apenas algumas estruturas: um cronograma para os exercícios comuns da comunidade; distribuição do trabalho a todos os membros pelo tutor; a custódia dos bens frugais e necessários que servem à comunidade. Instrumentos muito úteis para promover a vida comunitária, marcada pela participação fraterna, são as reuniões do Conselho e os capítulos comunitários. É primordial que o amor de Cristo esteja sempre nos animando – “A caridade de Cristo nos impulsiona” (II COR 5, 14) – para viver em perfeita comunhão de oração e ação, dor e alegria.